Foi adiado o julgamento do grupo de 17 homens, que está acusado de 133 crimes de burla qualificada, falsificação de documentos e posse de arma proibida. O início da audiência estava marcado para esta quarta-feira de manhã, no Tribunal de Viseu, mas foi adiado por causa da greve dos funcionários judiciais.
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A próxima data em agenda é o dia 22 de março. O início do julgamento foi adiado em consequência da greve dos funcionários da justiça que se iniciou a 15 de fevereiro e decorre até 15 de março.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o grupo falsificava documentos bancários para se apoderar de automóveis de gama alta que estavam à venda na Internet.
Os pagamentos eram simulados, através de falsos comprovativos de transferência bancária, e os carros eram revendidos, a preços de saldo, em Espanha.
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Segundo a acusação, os arguidos, com idades entre 22 e 50 anos, estabeleciam contacto com as vítimas, em sites de venda de carros, e usavam documentos de identificação e bancários falsos para comprarem automóveis, nomeadamente das marcas Ferrari e Porsche, avaliados em centenas de milhares de euros. Os pagamentos eram simulados através de transferências bancárias fictícias, mas, até que os proprietários se apercebessem de que não tinha entrado dinheiro nas suas contas, o registo de propriedade dos automóveis era alterado.
A fraude fez vítimas por todo o país, mas pelo menos seis pessoas que foram abordadas pelos burlões desconfiaram e conseguiram escapar.
Todos os veículos foram recuperados pelas autoridades espanholas e portuguesas e entregues aos legítimos proprietários.
Seis dos 17 arguidos encontram-se em prisão preventiva.