Greve dos funcionários volta a adiar instrução da Pretoriano. Casal Madureira regressa na segunda-feira
Tal como aconteceu na passada sexta-feira, a greve dos funcionários judiciais não permitiu o arranque da instrução do processo conhecido como Operação Pretoriano, no Tribunal de Instrução Criminal do Porto. A audição de Fernando e Sandra Madureira ficou marcada para segunda-feira.
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Os advogados dos arguidos tentaram, junto da juíza, que a audiência fosse realizada, mas a "paralisação dos funcionários" não o permitiu.
Em declarações aos jornalistas, Cristiana Carvalho, advogada de Fernando Saul, funcionário do F. C. Porto e um dos detidos na Operação, salientou ter "o maior respeito pelo direito à greve", mas não escondeu o desagrado. "O prazo corre e estamos a chegar ao fim sem sequer começar a instrução", afirmou, acrescentando que o limite para que esta diligência seja cumprida termina a 7 de dezembro. "Em pouco mais de um mês será quase impossível ouvir todos os arguidos e as testemunhas por eles arroladas", referiu.
De recordar que Fernando Madureira indicou Pinto da Costa e Vitor Baía como testemunhas.
A 31 de janeiro, a PSP deteve 12 pessoas, incluindo dois funcionários do F. C. Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira. "Macaco", "Polaco" e "Catão" ficaram presos preventivamente, sendo que este último viu modificada a medida de coação para prisão domiciliária e encontra-se em casa e Hugo "Polaco" saiu em liberdade, mas está proibido de contactar elementos dos Super Dragões, além de outras medidas de coação.
Estão em causa "crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação", explicou a Procuradoria Distrital do Porto.