Sete homens foram acusados de três raptos violentos para extorquir dinheiro e bens na Moita, Barreiro e Cascais. Num dos casos, a vítima ficou sequestrada 23 dias e foi mesmo marcada com um ferro em brasa.
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O grupo extremamente violento estava ligado ao tráfico de droga e a ideia dos raptos terá surgido como método para cobrar dívidas ligadas a estes negócios ilícitos. Os suspeitos com idades entre os 17 e os 31 anos, usavam armas de fogo para levar as vítimas até uma residência no Vale da Amoreira, na Moita.
Nesse local, agrediam e torturavam as vítimas para que estas lhes entregassem dinheiro e bens de valor. Num dos casos, raptaram um jovem de 23 anos e mantiveram-no em cativeiro por três semanas, ao longo das quais foi alvo de repetidas sevícias, incluindo queimaduras com um ferro brasa.
Libertado após 23 dias de tortura
Os suspeitos estariam convencidos de que a vítima teria bastantes posses. Todavia, após mais de três semanas de cativeiro e de sucessivas súplicas e garantias da família de que não possuíam qualquer fortuna, acabaram por soltar a vítima, 23 dias depois.
São suspeitos de outros dois raptos,de dois homens com 25 e 43 anos, igualmente agredidos com violência, que terão tido por motivo dívidas relacionadas com transações de droga. Os três raptos terão ocorrido em maio e junho de 2023, na Moita, Barreiro e Linha de Sintra.
Em novembro do ano passado, uma operação da Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária conseguiu pôr fim à atividade criminosa do grupo e deteve seis suspeitos que, ainda hoje, se encontram em prisão preventiva.
Os seis presos e mais um cúmplice foram agora acusados dos crimes de rapto, tráfico de menor gravidade, homicídio na forma tentada e detenção de arma proibida pelo Ministério Pùblico da Moita.