Sete pessoas, portuguesas e espanholas, foram detidas após terem furtado, em estabelecimentos comerciais de todo o país, bicicletas, acessórios e máquinas e ferramentas industriais avaliados em mais de 300 mil euros. O gangue escolhia os estabelecimentos e alugava viatura de carga em Espanha, que serviam para levar para aquele país a mercadoria furtada.
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A PSP de Lisboa explicou que, na sequência de uma investigação relacionada com a prática de furtos em estabelecimentos comerciais em todo o país, que decorreu entre o mês de outubro do ano passado e este mês, deteve sete pessoas.
O gangue atuou em 2019 e 2020, assaltando diversas lojas de bicicletas de gama alta e estabelecimentos de máquinas e ferramentas industriais, com recurso a arrombamento, furtando artigos de valor superior a 300 mil euros, suspeitando ainda as autoridades que este grupo possa ser responsável pelo furto de bens que ascendem a mais de um milhão de euros.
Segundo a Polícia, as diligências revestiram-se "de grande complexidade", tendo sido desenvolvidas em estreita colaboração com a Guardia Civil de Sevilha, "através da partilha de informações e realização de diligências operacionais em ambos os países que culminaram nas diversas detenções efetuadas".
O grupo utilizava veículos de grande capacidade, alugados em Espanha, deslocando-se a Portugal, onde efetuava furtos em lojas previamente selecionadas, levando depois para Espanha o produto do furto, onde era escoado.
Durante a investigação, as autoridades recuperaram, quer em Portugal, quer em Espanha, "algumas bicicletas subtraídas", que foram, entretanto, entregues aos seus proprietários, avaliadas em vários milhares de euros.
Após primeiro interrogatório judicial, dois dos sete detidos, "fortemente indiciados pela prática dos crimes de furto qualificado e associação criminosa", ficaram em prisão preventiva, enquanto os restantes sujeitos a apresentações periódicas, proibição de contactarem entre si e proibição de se ausentarem do território português.