Simulavam transferências para pagar artigos à venda na Internet e pediam entregas em lojas para não serem reconhecidos. Os quatro elementos do grupo terão lucrado 60 mil euros num ano. Foram agora acusados pelo Ministério Público de Almada.
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O esquema era simples: uma arguida selecionava na plataforma OLX anúncios de venda de telemóveis, computadores portáteis e outros artigos valiosos. Depois, intitulando-se advogada e em algumas ocasiões com o apoio dos demais acusados, a mulher usava "inúmeros cartões pré-pagos" para contactar os anunciantes, mostrando interesse em comprar os artigos.
Acertado o valor de negócio, a arguida enviava um suposto comprovativo do pagamento, constituído por "um extrato bancário onde, pelo próprio punho, colocava o valor solicitado pelos lesados".
Fingindo ter cumprido a sua parte, indicava um local de entrega, sempre um estabelecimento público. As instruções eram para deixar o artigo a um funcionário. Assim, os arguidos evitavam um posterior reconhecimento por parte das vítimas que, acreditando que o preço já tinha sido pago, entregavam os bens vendidos.
Segundo o MP de Almada, entre meados de 2018 e o verão de 2019, os quatro arguidos terão lucrado cerca de 60 mil euros com dezenas de crimes de burla e falsificação. Os quatro foram acusados no mês passado.