Um recluso agrediu, este domingo, à cabeçada, um guarda prisional, no Estabelecimento de Paços de Ferreira. A vítima sofreu ferimento na testa e ficou com a cana do nariz partida.
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A agressão ocorreu, cerca das 11.30 horas, quando o recluso começou a bater com a marmita violentamente na porta da cela. Quando o guarda abriu a porta, foi de imediato agredido com uma cabeçada no nariz.
O recluso, com 32 anos, encontra-se em Paços de Ferreira desde 2016 e está a cumprir uma pena de 16 anos de prisão por roubo. Em dezembro do ano passado, foi fechado na cela disciplinar por desobediência e fazer frente a um guarda.
O incidente levará a que seja instaurado um processo disciplinar ao detido, que já dispunha apenas de duas horas fora da cela. Uma das sanções poderá passar pela redução para uma hora do tempo passado no pátio da cadeia ou pela sua transferência para o Estabelecimento Prisional de Monsanto, que tem em curso uma greve de guardas prisionais até ao final de janeiro.
Para Frederico Morais, dirigente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), "este tipo de reclusos violentos deveria estar no regime de segurança em Monsanto e também vêm demonstrar o aumento da violência nos estabelecimentos prisionais". Frederico Morais exige que o Governo "adote medidas para garantir a segurança dos guardas prisionais".
Já o presidente do SNCGP, Carlos Sousa, salientou, ao JN, que "este caso vem demonstrar a crescente e gritante falta de guardas prisionais".