Filipe Ribeiro foi libertado, mas está obrigado a apresentações na GNR. Será alvo de processo disciplinar.
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O guarda prisional indiciado por furto, após ter sido detido, em flagrante delito, pela GNR, no domingo, dentro de uma mansão em Amares, é conhecido por ir trabalhar para a Cadeia Regional de Braga ao volante de um Maserati. Filipe Ribeiro foi libertado na terça-feira, mas ficou obrigado a apresentações semanais na GNR de Prado.
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Com 43 anos, residente em Lage, Vila Verde, e de uma família ligada às forças de segurança (os dois cunhados são militares da GNR), está também proibido de frequentar meios ligados ao consumo de droga e de contactar o comparsa no assalto. Colocado em Braga depois de ter trabalhado em Custóias, o guarda prisional não estava ao serviço nos últimos dias - alegadamente para prestar apoio familiar - e sofreu ferimentos ao cair numa ribanceira quando tentava fugir à GNR. Ontem, apresentou-se no Tribunal de Amares apoiado em muletas.
Por ter sido detido, Filipe Ribeiro será alvo de procedimento disciplinar, como referiu, ao JN, fonte da Direção-Geral de Reinserção e Prisionais (DGRSP). Tal só acontecerá, todavia, após terminar o período concedido para apoio familiar. "Há tolerância zero para comportamentos ilícitos de qualquer tipo, pelo que [a DGRSP] acompanha e colabora com ações desenvolvidas pelas autoridades policiais e judiciais, no sentido de que se apure a verdade dos factos", refere aquela Direção-Geral.
A mesma fonte critica ainda "os autores de ilicitudes criminais que envergonham os serviços e põem em causa o bom nome e imagem dos milhares de trabalhadores que, com denodo e honestidade, quotidianamente dão letra de forma à missão".