Vítima teve arma apontada à cabeça e chegou a ter de ir ao hospital na sequência das agressões. GNR deteve agressor no início desta semana.
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Um guarda prisional usou uma das suas armas de fogo para ameaçar de morte a esposa. Num dos episódios de violência ocorridos ao longo de 19 anos de casamento, o homem, de 42 anos, também recorreu à pistola para, à entrada de um restaurante, amedrontar algumas das pessoas que jantavam com a mãe dos seus dois filhos. O guarda prisional foi detido na última segunda-feira, na sequência de mais uma agressão à vítima.
Já durante o namoro, o guarda prisional revelou-se agressivo, mas seria na primeira semana de casamento, com a mulher grávida, que lhe bateria pela primeira vez. Seguiram-se anos de insultos, mas tudo se agravou quando a esposa arranjou emprego. A partir dessa altura, o indivíduo começou a controlar-lhe os horários e, ao mínimo atraso, atacava-a. Num jantar com colegas de trabalho, a vítima foi surpreendida com a chegada repentina do marido, que chegou a exibir uma arma à porta do restaurante. Nessa noite, a vítima seria, já na sua residência, agredida em frente aos filhos e teve de receber assistência hospitalar. A mesma arma seria utilizada para efetuar outras ameaças de morte e, numa noite, a mulher chegou a ter o cano da pistola apontado à cabeça.
GNR investigou
Os episódios de violência não pararam aqui e, ainda na semana passada, a mulher voltou a ser alvo de agressões, que a obrigaram a deslocar-se novamente ao hospital. Foi então que o caso chegou ao conhecimento do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas de Penafiel da GNR e passou a ser investigado. Nesta segunda-feira, as diligências realizadas permitiram que o guarda prisional fosse detido e a arma de fogo apreendida.
Sujeito a primeiro interrogatório no Tribunal de Penafiel, o agressor foi libertado, mas ficou proibido de contactar a vítima por qualquer forma ou meio e de permanecer ou frequentar a habitação da família. Está ainda proibido de adquirir ou deter quaisquer armas de fogo, inclusivamente no exercício das suas funções profissionais, e tem de entregar todas as armas que ainda tenha em seu poder.