Fracas condições de trabalho deixam profissionais em burnout. Só sindicato disponibiliza apoio psicológico.
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Quase 93% dos guardas prisionais estão emocionalmente exaustos e mais de 87% já pensaram em cometer suicídio. Este é o resultado de um estudo levado a cabo por Clara Vila Cova, gestora da Linha de Apoio Psicológico aos guardas das cadeias. A especialista teme que, nas atuais condições de trabalho, o número de suicídios aumente consideravelmente e pede o reforço do efetivo para evitar mais casos como o que vitimou Ricardo Martins.
Guarda no Estabelecimento Prisional de Caxias, Ricardo Martins suicidou-se no início deste mês, deixando uma mensagem nas redes sociais a garantir que estava muito “afetado psicologicamente”. Na mesma missiva, Ricardo Martins apelava a uma mudança na Guarda Prisional, para a transformar “numa instituição como deve ser”.