A cadeia anexa à Polícia Judiciária de Lisboa tem, há três meses, um termoacumulador avariado. O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP)assegura que, devido a esta situação, os guardas não podem tomar banho em água quente, mas a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) garante que há outros dois balneários disponíveis.
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"Há três balneários que servem os elementos da vigilância, sendo que só num dos balneários é que há um termoacumulador que se encontra avariado", afirma a DGRSP. Fonte oficial acrescenta que está "em curso o procedimento destinado à resolução deste problema" e frisa que "mantêm-se em funcionamento, e com água quente, os outros dois balneários destinados a elementos da guarda prisional".
O dirigente do SNCGP Frederico Morais nega que assim seja. "Os outros dois balneários também não têm água quente. Um deles é servido pela mesma água que abastece os reclusos e, por esse motivo, nunca tem água quente", exemplifica.
Frederico Morais revela que "alguns guardas tomam banho em água fria e os restantes vão tomar banho a casa" no final de cada turno. "O SNCGP está preocupado com as condições de segurança e higiene no trabalho", diz.
Entretanto, apurou o JN, a greve dos guardas prisionais que dura há cinco meses nesta cadeia irá prolongar-se até final de março. Os protestantes exigem mais segurança e organização e enquanto nisso não acontece continuam a trabalhar em serviços mínimos. Ou seja, com apenas seis guardas de serviço por cada turno.
Neste contexto, os 140 presos deste estabelecimento prisional só abandonam a prisão para diligências urgentes, como são os julgamentos e idas ao hospital. Têm ainda um número de visitas reduzido e só saem da cela duas horas por dia.