Faturas inflacionadas ou despesas fictícias são usadas para enganar entidades gestoras dos fundos, mas denúncias revelam esquemas investigados pela PJ
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Com faturas inflacionadas e falsas, com a criação de um “carrossel” de empresas destinadas a criar um labirinto contabilístico para canalizar despesas fictícias ou com simples falsificações de documentos, dezenas de milhões de euros de subsídios são desviados todos os anos em Portugal. Neste momento, a Polícia Judiciária (PJ) tem cerca de 200 milhões de euros em fundos europeus que estão sob suspeitas de fraude na sua obtenção. Por este tipo de crime, no ano passado, a PJ abriu 43 investigações e constituiu como arguidas 93 pessoas e firmas.
Existem fundos para todas as áreas e mais algumas, e financiamentos com os valores mais diversos. No programa Portugal 2020, por exemplo, vão de um cêntimo, concedido no âmbito de um projeto apresentado por uma empresa de fumeiro da Guarda, até aos 2,02 mil milhões de euros atribuídos ao Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) para execução de 438 projetos.