Número de trabalhadores dos serviços prisionais doentes subiu para sete. Continua só a haver uma reclusa com coronavírus.
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No final deste domingo, continuava a haver apenas uma reclusa - a mulher estrangeira apanhada com droga na fronteira de Caia - infetada com a Covid-19. Já o número de trabalhadores das cadeias doentes tinha subido para sete.
Os dois últimos funcionários a acusar positivo no teste de despistagem ao novo coronavírus foram identificados no último sábado e são guardas prisionais. Um deles está de serviço na prisão de Silves e permanece em casa desde 27 de março. Mesmo assim, cinco pessoas que contactaram com este guarda foram colocados em isolamento. O outro está a trabalhar nos serviços centrais da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) e, devido à sua doença, oito pessoas estão obrigadas a permanecer em casa.
Médico infetado
Ao JN, a DGRSP confirma que "um médico que presta serviço, em regime de contrato de avença, no Estabelecimento Prisional de Silves" também acusou positivo. "A última vez que esteve em contacto com alguém do serviço foi, no dia 23 de março, com uma enfermeira que, por precaução, foi mandada ficar em isolamento profilático, tendo, por isso deixado de ir ao serviço", explica fonte oficial da Direção-Geral.
"Uma auxiliar de ação médica, avençada, que presta serviço no Hospital Prisional de São João de Deus, testou positivo para a Covid-19, estando de quarentena em casa. Os trabalhadores do Hospital Prisional estão a seguir os procedimentos recomendados pelas autoridades de saúde pública", informa, igualmente, a DGRSP. Os restantes trabalhadores infetados com o novo coronavírus, e cuja doença já era conhecida, desempenham a função de assistente administrativa do Estabelecimento Prisional de Sintra e de guarda prisional nas cadeias de São João de Deus e de Custóias, no Porto.
"Até ao momento e no que respeita reclusos, a única situação positiva para a Covid-19 diz respeito a uma cidadã estrangeira (oriunda de Madrid) que foi detida por órgão de polícia criminal, numa fronteira terrestre, na posse de estupefacientes e que se encontrava positiva para a Covid-19. O órgão de polícia criminal que a deteve desencadeou os procedimentos previstos pela saúde pública nestas circunstâncias, pelo que a reclusa foi transportada pelo INEM para o Hospital Prisional de São João de Deus, em Caxias, onde se encontra em isolamento e tratamento", avança a DGRSP.