Jorge Costa Oliveira, ex-secretário de Estado da Internacionalização do primeiro governo de António Costa e tido como homem de confiança do primeiro-ministro, também é suspeito de tráfico de influência na “Operação Influencer”, por ter sido contratado pela empresa que ganhou a concessão do lítio, em Montalegre.
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De acordo com a investigação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), existem suspeitas de que o ex-governante, envolvido no escândalo Galpgate, tenha sido contratado informalmente pela empresa Lusorecursos, em 2018, antes da celebração do contrato de concessão, para “pressionar e ou influenciar membros do governo a conceder a exploração do lítio a esta sociedade”.
O jurista teve, no primeiro governo de António Costa, o pelouro da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), que foi uma das entidades alvo de buscas por parte dos procuradores do DCIAP.
Além da polémica do Galpgate, que o levou a demitir-se do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Jorge Costa Oliveira protagonizou outro escândalo ao contratar, em dezembro de 2015, o filho de Diogo Lacerda Machado, o melhor amigo de António Costa, também detido na “Operação Influencer”. O jovem tinha 28 anos e deixou a Bélgica, onde frequentava um mestrado, para aceitar o convite do então secretário de Estado da Internacionalização para integrar o seu gabinete, como técnico especialista.