Um grupo de piratas informáticos do Sudão, chamado Anonymous Sudan, garante ter roubado 30 milhões de dados de clientes da Microsoft, através do serviço Outlook. A informação ainda não foi confirmada, mas o grupo, que já pediu um resgate ao gigante norte-americano, demonstrou ser capaz de piratear grandes empresas. Há dias atacou a companhia aérea Scandinavian Airlines.
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Através das redes sociais, a Microsoft confirmou a ocorrência de interrupções e dificuldades no serviço Outlook, mas afirmou tratar-se de problemas técnicos.
Também nas redes sociais, os Anonymous Sudan garantem serem os responsáveis. "Podemos atingir qualquer empresa dos Estados Unidos. Americanos, não nos culpem, culpem o vosso governo por intervir em assuntos internos sudaneses. Continuaremos a atingir grandes empresas, governo e infraestruturas dos Estados Unidos", lê-se na conta de Twitter dos piratas, onde reclamam à Microsoft: "pagam-nos um milhão de dólares e ensinamos os vossos especialistas em segurança informática como conter os danos e nós paramos o ataque".
De acordo com a empresa de cibersegurança Visionware que detetou o ataque em Portugal o grupo utiliza essencialmente ataques de DDoS, que impedem o funcionamento de sites sobrecarregando-o de solicitações que excedem a capacidade da rede. Mas, "nos últimos tempos, os ciberataques têm sido bastante mais disruptivos", explicou ao JN Bruno Castro.
"De relembrar que este grupo declarou guerra a Israel há muito pouco tempo, além de terem atacado os média, mas também setores críticos da sociedade. O grupo ainda não publicou provas de que efetivamente roubou os dados de 30 milhões de clientes, mas há que ficar vigilante", explicou ainda o especialista em cibersegurança.