O Ministério Público acusou um homem de homicídio qualificado, profanação e ocultação de cadáver e uso indevido de cartão bancário, depois de o corpo do companheiro, Manuel da Costa, ter sido encontrado enterrado no quintal de casa, em Lourosa, Santa Maria da Feira, em abril de 2025. A vítima terá sido morta por asfixia, após uma discussão.
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De acordo com a acusação do Ministério Público, o crime ocorreu na habitação de Alcides Silva, na Rua 31 de Janeiro, na sequência de uma discussão violenta entre os dois homens, que namorariam há vários anos.
Depois de asfixiar Manuel da Costa, o arguido terá arrastado o corpo até uma zona de vegetação no quintal, onde o enterrou com cerca de 20 centímetros de profundidade, entre um muro e uma árvore, tentando dissimular o local com vegetação.
De acordo com a acusação do Ministério Público, o corpo foi envolvido num saco de serapilheira antes de ser enterrado. Nos dias seguintes ao crime, Alcides Silva tentou afastar as suspeitas, deixando um bilhete colado na montra de um café frequentado por Manuel da Costa, supostamente escrito pela vítima, a justificar a sua ausência com uma viagem ao Porto. A investigação concluiu que se tratava de uma falsa pista criada pelo suspeito.
Além disso, o Ministério Público apurou que Alcides utilizou o cartão bancário da vítima para comprar bens alimentares, tabaco e álcool. O telemóvel de Manuel da Costa foi também escondido pelo arguido numa casa abandonada, nas proximidades da sua residência.
Durante cerca de uma semana, Manuel da Costa foi dado como desaparecido, tendo familiares e amigos alertado as autoridades. As buscas terminaram quando a Polícia Judiciária do Porto encontrou o corpo no quintal da casa de Alcides Silva, que foi detido no dia 25 de abril, na freguesia de São João de Ver, depois de vários dias em fuga.
Alcides Silva encontra-se atualmente em prisão preventiva, enquanto aguarda julgamento pelos crimes de que está acusado.
