
Arguido foi julgado em Viana do Castelo
Foto: Direitos reservados
O Tribunal de Viana do Castelo condenou, na quarta-feira, a 18 anos de prisão o homem que terá matado o porteiro de um bar de Monção, em 8 de setembro de 2024, porque o responsável da segurança não o deixou entrar no estabelecimento.
Corpo do artigo
Os juízes de Viana atribuíram as penas parcelares de 17 anos de prisão ao crime de homicídio qualificado e de dois anos ao de detenção de arma proibida, mas, em cúmulo jurídico, aplicaram ao arguido, Leonel Domingues, uma pena única de 18 anos.
O advogado Adriano Cerdeira, defensor do alegado homicida de Monção, vai recorrer ao Tribunal da Relação de Guimarães, ao contrário do advogado Conde da Ponte, que representa a família da vítima. Desconhece-se qual será a opção do Ministério Público.
A vítima, João Pereira, de 38 anos, era segurança do bar Fim do Mundo, na localidade de Cortes, concelho de Monção, tendo sido fatalmente baleada por Leonel Domingues, por questões fúteis, afirmaram os três juízes da Comarca de Viana do Castelo.
João Vítor Marques Pereira, que era natural do Porto, trabalhava numa empresa de segurança e residia em Cristelo Novo, em Valença. Era casado e tinha um filho.
Fez treino de tiro antes do crime
Como ficou provado, Leonel Domingues, após ser impedido de entrar pelo porteiro do estabelecimento de diversão noturna, regressou ao bar na noite seguinte, tocando à campainha. Quando João Pereira abriu a porta, foi atingido por dois tiros, de uma pistola calibre 6.35 milímetros. Um dos projéteis acertou-lhe na cabeça de João Pereira, provocando-lhe a morte quase imediata, apesar dos esforços dos Bombeiros Voluntários de Monção.
Leonel Domingues fugiu, escondeu a arma do crime e deslocou-se a um bar, em Melgaço, onde conviveu com amigos.
Já na véspera do crime, quando foi impedido de entrar no bar por João Pereira, por ter causado desacatos em noites anteriores, Leonel Domingues ameaçara dar-lhe um tiro.
O homicídio concretizou-se logo na noite seguinte e, antes de se dirigir ao bar, Leonel Domingues terá praticado tiro ao alvo, contra um barril, no quintal de sua casa, em Gave, Melgaço, apurou Polícia Judiciária de Braga.
