Enquanto passeava a filha num carrinho de bebé, em julho do ano passado, numa avenida da Amadora, um homem de 20 anos matou outro, nove anos mais velho, com dois tiros de pistola.
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A acusação é do Ministério Público da Amadora, que imputa um crime de homicídio qualificado ao arguido, Rúben Baldé, por este ter agido de modo calculado, por causa de uma discussão fútil, dias antes, com o ofendido, Rúben Carvalho.
Enquanto passeava a filha num carrinho de bebé, em julho do ano passado, numa avenida da Amadora, um homem de 20 anos matou outro, nove anos mais velho, com dois tiros de pistola. A acusação é do Ministério Público da Amadora, que imputa um crime de homicídio qualificado ao arguido, Rúben Baldé, por este ter agido de modo calculado, por causa de uma discussão fútil, dias antes, com o ofendido, Rúben Carvalho.
O crime ocorreu pelas 18 horas de 4 de julho, na movimentada Avenida do Brasil. Baldé seguia apeado, com a filha de oito meses, e quando passava em frente a uma barbearia, viu o outro. “Ato contínuo, empunhou a arma de fogo que trazia consigo na direção do ofendido, apontando-a para a zona do tronco, e realizou dois disparos”, escreveu o Ministério Público, com base na investigação da Polícia Judiciária de Lisboa.
Tiro intimidatório
A vítima não resistiu aos ferimentos e faleceu ainda no local. Segundo a acusação, Baldé retirou então a bebé do interior do carrinho e pôs-se em fuga, com a arma à cintura. No entanto, com a filha ao colo e vendo aproximarem-se de si vários transeuntes, voltou a empunhar a arma de fogo. Ainda a deixou cair ao solo, mas apanhou-a de imediato e fez um terceiro disparo, desta vez contra a montra de uma loja, que terá tido o intuito de intimidar quem pudesse querer imobilizá-lo. Depois, fugiu para parte incerta.
O Ministério Público defende que o arguido Rúben Baldé agiu por causa da desavença tida com o ofendido, a qual que tivera um motivo fútil, e atuou com frieza de ânimo e de modo ponderado.
Logo avisou que ia matar
Logo após a discussão entre que esteve na origem do crime cometido dias depois, o arguido muniu-se de uma arma de fogo de calibre 7,65mm e avisou outros de que queria matar o rival.
O suspeito esteve fugido um dia, até ser detido pela PJ de Lisboa. Na fuga, livrou-se da arma do crime, que não foi recuperada. Agora, está em prisão preventiva.