Os quatro homens detidos quando recolhiam quatro malas, com um total de cem quilos de cocaína, dos tapetes rolantes das bagagens do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, ficaram em prisão preventiva.
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São todos residentes em bairros do Porto e de Matosinhos conotados com o tráfico de droga, têm ficha policial e, suspeita a Polícia Judiciária (PJ), estariam ao serviço de um dos “barões” que abastece a cidade Invicta de droga.
Os suspeitos, com idades entre os 27 e 60 anos, foram apanhados numa operação realizada pela PJ do Porto, nesta quarta-feira, na sequência de informações que davam conta que um avião oriundo de São Paulo, no Brasil, transportava cocaína. Já com a aeronave na pista do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, os inspetores descobriram quatro malas num compartimento de carga que, apesar de terem selos e outra documentação acoplada, não estavam declaradas.
As suspeitas sobre o seu conteúdo ficaram desfeitas quando os inspetores abriram as malas e encontraram, no interior de cada uma, 25 blocos de cocaína, num total a rondar os cem quilos. No entanto, não recolheram a bagagem, deixando que esta, sempre sob vigilância, fosse levada até aos tapetes rolantes.
E foi aí que os quatro homens foram apanhados a recolher as malas carregadas de droga. Detidos de imediato, todos foram levados, nesta quinta-feira, ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto e, no final do interrogatório, postos em prisão preventiva.
A PJ está convicta de que os detidos não eram os donos da cocaína importada do Brasil. Serão, sim, homens de mão de um dos “barões” da droga que domina o narcotráfico na cidade do Porto e que fornece bairros como a Pasteleira Nova, Pinheiro Torres ou Cerco do Porto de cocaína. Ou seja, foram pagos para ir ao aeroporto recolher a droga para a entregar ao verdadeiro proprietário.
A investigação prosseguirá para apurar a identidade do responsável pela compra da grande quantidade de cocaína.