O principal suspeito do homicídio de Josué “Boxista” Maia, à porta de um bar, no Porto, foi colocado em prisão preventiva, na noite desta quarta-feira, pelo Tribunal de Instrução Criminal. Daniel Maia Cabreira “Cenoura” tinha-se entregado à PJ na véspera, após ter estado dez dias em parte incerta.
Corpo do artigo
De acordo com informações recolhidas pelo JN, Daniel “Cenoura” não prestou declarações perante o juiz que entendeu existir perigo de fuga, alarme social e perigo de perturbação de inquérito para decretar a mais gravosa das medidas de coação, que tinha sido pedida pelo Ministério Público.
O caso começou por volta das 5 horas da madrugada de dia 4 de maio, numa festa privada no “Shisha 13” bar, da Rua Escura, no Porto, onde Josué e “Valquírio”, tio de “Cenoura”, iniciaram uma discussão. Na festa havia um cesto de fruta, que estava à disposição dos clientes, mas mediante pagamento. E foi a falta de pagamento de uma maçã que levou a que Josué e “Valquírio” começassem uma cena de pancadaria, que começou a envolver familiares e amigos dos rivais.
Todos saíram do bar com familiares, vários dos quais já com cadastro por crimes violentos, e o sobrinho de “Valquíria” é suspeito de ter ido ao carro buscar uma arma de fogo.
Josué foi atingido com vários tiros. Dois familiares pegaram nele e colocaram-no numa carrinha, para o levar ao hospital. Porém, foram alvo de mais disparos que atingiram o veículo. Na confusão, o condutor embateu contra um muro, imobilizando a carrinha.
Ao local chegou uma equipa do INEM, que levou Josué para o Hospital de Santo António, onde foi declarado o óbito.
Entretanto, “Cenoura” fugiu e nunca mais foi visto nos locais que habitualmente frequentava, até se entregar na PJ, com a sua advogada.