Homicida de funcionário de discoteca fez "pontaria à cabeça" dos alvos, diz acusação
O jovem suspeito de matar a tiro outro jovem à porta da discoteca Lick, em Loulé, está a ser julgado, esta terça-feira, no Tribunal de Faro. A vítima, Lucas Leote, de 21 anos, trabalhava no estabelecimento. Morreu com um tiro na cabeça.
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Na origem do homicídio esteve uma discussão do arguido, António Tavares, de 21 anos, com os seguranças que lhe barraram a entrada no Lick na madrugada de 23 de agosto de 2019. O suspeito abandonou o local e regressou mais tarde, numa mota, e com uma arma de fogo que disparou em direção a uma das entradas da discoteca. Lucas, que estava à porta a distribuir pulseiras aos clientes, foi atingindo na cabeça. Os seguranças, a quem seriam destinados os tiros, conseguiram escapar.
António Tavares fugiu e abandonou o motociclo. Acabou detido um ano depois, em França. Estava escondido em casa de uma amiga nos arredores de Paris. Foi extraditado para Portugal em agosto do ano passado e está agora a ser julgado. É acusado de um crime de homicídio qualificado, dois de homicídio qualificado na forma tentada, detenção de arma proibida e condução de veículo a motor sem habilitação legal.
Segundo a acusação, o arguido, "com o rosto encoberto por um capacete", deslocou-se à discoteca "a fim de se vingar" e com a intenção de matar, "tendo feito pontaria para a zona da cabeça dos indivíduos que se encontravam no local, por aí se alojarem órgãos essenciais à vida".