PJ deteve Mateus Machado na zona de Castelo Branco onde se preparava para fugir de Portugal. Autorização de residência rejeitada devido a registo criminal nos Estados Unidos.
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O alegado homicida de "Manu" estava prestes a ser expulso de Portugal, devido a uma condenação anterior nos Estados Unidos da América, com uma pena de dois anos e três meses de prisão efetiva, por ter integrado nos EUA um grupo de assaltantes à mão armada.
Mateus Marley Machado foi condenado há cerca de quatro anos, tendo sido deportado, após cumprir a sua pena de prisão efetiva. Veio para Portugal, onde aguardava agora autorização de permanência e de residência no nosso país.
Fontes policiais revelaram ao JN que o suspeito do homicídio do jovem estudante, Manuel Gonçalves "Manu", assassinado à facada, no sábado, à porta do Bar Académico, em Braga, estava a residir em Portugal, ao abrigo do regime de manifestação de interesse.
AIMA recusa residência
O pedido de autorização de permanência e de residência em Portugal de Mateus Marley Machado, 27 anos, tinha já um projeto de indeferimento, pela parte da Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA), a entidade que sucedeu ao SEF. Foi dado o prazo legal para pronúncia do requerente que terminou terça-feira. Como não se pronunciou, ia ser dada a ordem de expulsão ao cidadão brasileiro, apenas três dias depois do homicídio de "Manu", que foi ontem sepultado. O estudante, aluno do 12.º ano da Escola Secundária Dona Maria II, era muito conhecido na cidade, pois os pais foram proprietários do café Mar e Sol, que encerrou há anos, mas que foi um dos primeiros estabelecimentos na zona nova de Lamaçães.