"Motivações sentimentais e financeiras" terão estado na origem do homicídio do triatleta amador Luís Grilo, revelou a Polícia Judiciária, esta quinta-feira, em conferência de imprensa. Arma do crime está registada em nome do amante de Rosa Grilo.
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Segundo aquela força, foram necessários dois meses para "recolher todos os indícios", que levaram agora à detenção de Rosa Grilo, a mulher da vítima, e o amante.
"Neste momento, podemos dizer que há fortes indícios nesse sentido (de premeditação). Houve muito mais do que um simples impulso", declarou Paulo Rebelo, responsável pela Diretoria de Lisboa da Polícia Judiciária.
A Polícia Judiciária ainda não sabe ainda se, no dia do homicídio, Luís Grilo foi alvo de agressões, porque o avançado estado de decomposição em que foi encontrado, na zona de Avis, não permitiu que se obtivesse essa informação através da autópsia.
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O diretor da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo da Polícia Judiciária foi questionado pelos jornalistas sobre episódios passados de violência doméstica entre o triatleta e a mulher e respondeu: "Nada temos que aponte nesse sentido".
Antes a Polícia Judiciária tinha revelado, em comunicado, que Luís Grilo foi morto com um tiro na cabeça. "A investigação apurou que os factos terão ocorrido no passado dia 15 de julho, tendo a vítima sido atingida por um disparo de arma de fogo na caixa craniana, o qual lhe terá provocado a morte", indicou a PJ em comunicado.
A PJ afirmava ainda que "foi recuperada a arma de fogo presumivelmente utilizada na prática do homicídio, bem como foram recolhidos e apreendidos outros elementos de relevante valor probatório". A arma, de calibre 7.65, estava registada em nome do amante, um oficial de justiça.
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Na quarta-feira à noite, a PJ deteve a mulher do triatleta, de 43 anos, e um homem, de 42, suspeitos do envolvimento no crime.