
Foram furtados aparelhos médicos no valor de 780 mil euros
Rui Manuel Fonseca / Global Imagens
O sistema de segurança do hospital de Viana do Castelo, está a ser revisto, após o assalto ao serviço de Gastroenterologia, na madrugada de quarta-feira, que resultou no furto de aparelhos médicos no valor de 780 mil euros.
Segundo o presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), Franklim Ramos, não será tomada nenhuma outra medida, enquanto decorrerem as investigações, a cargo da PSP local em coordenação com a Direção Nacional.
As autoridades policiais procuram nesta altura averiguar, através de várias diligências no terreno, se o assalto estará relacionado com redes criminosas de furto de material médico em unidades hospitalares, que operam em território nacional, na Europa e América do Sul. Ou a algum grupo mais local de "profissionais" do crime.
Franklim Ramos garantiu hoje, em declarações ao Jornal de Notícias, que não foi aberto qualquer inquérito interno no hospital de Viana do Castelo por causa do furto e também não coloca em causa a eficiência do serviço de segurança daquela unidade, prestado por uma empresa externa.
"Aparentemente, não me parece haver relação [do assalto] com a segurança. O que posso dizer é que as coisas que aconteceram podem acontecer nos sítios com maior segurança do país, e que o que é importante neste momento é que a polícia faça o seu trabalho. Quando esta chegar a uma conclusão, tomaremos as devidas precauções naquilo que for necessário", declarou, sublinhando que "o serviço que foi assaltado é um dos que tem mais segurança de todo o hospital". "Está muito bem estruturado. Eu consigo entrar no serviço com o meu cartão, mas os médicos dos outros serviços não têm acesso", explicou, referindo que, ainda assim, "como presidente do conselho de administração mandei rever todos os processos de segurança do hospital".
Franklim Sousa declarou, de resto, que a sua preocupação neste momento é "arranjar solução para o problema dos doentes". "Estamos a tentar arranjar material para podermos utilizar dentro das instalações e não termos de andar a transportar doentes para outros lados. Estamos a trabalhar bem e estou convencido que na próxima semana está tudo regularizado", concluiu.
Recorde-se que o Comando Distrital da PSP de Viana do Castelo, anunciou que está a investigar, em coordenação com a Direção Nacional, o furto, durante a madrugada de quarta-feira, de vários aparelhos de endoscopia no hospital daquela cidade, no montante de 780 mil euros. Do assalto resultaram também danos materiais.
Segundo o presidente da ULSAM, em setembro de 2022, foram investidos cerca de um milhão de euros, de capitais próprios, para instalar uma nova Unidade de Endoscopia Digestiva Avançada (UEDA) no hospital de Viana do Castelo.
No serviço assaltado, são realizados "exames endoscópicos e técnicas minimamente invasivas que permitem identificar todo o espectro de doenças digestivas benignas e malignas e o tratamento de patologias complexas".

