"Houve um boato no Instagram e no TikTok a envolver o nome do Mateus", diz defesa
O advogado de Mateus Machado, principal suspeito do homicídio do jovem Manuel Gonçalves à porta do Bar Académico, em Braga, defendeu este sábado que o seu cliente é inocente e que tudo partiu "de um boato no Instagram e no TikTok a envolver o nome do Mateus".
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À chegada ao Palácio da Justiça de Famalicão, onde o arguido, conhecido como "Marley", vai ser interrogado, António Falé de Carvalho, advogado de defesa, voltou a referir que o suspeito, de 27 anos, não estava em fuga, mas sim em casa dos pais da namorada.
Além disso, frisou que "houve um boato" nas redes sociais Instagram e TikTok que envolveu o nome de Mateus, garantindo que o seu cliente não participou em nenhuma rixa na noite do crime. Em declarações ao JN, referiu que, com o tempo, será provada a inocência de "Marley". António Falé de Carvalho contou ainda que a alegada arma do crime, uma faca, já foi encontrada, no relvado da Escola Conservatório Calouste Gulbenkian, em Braga.
"Com análises laboratoriais à arma do crime, os respetivos ADN irão, de forma científica, comprovar que não foi o 'Marley' o autor dessas facadas", acrescentou, garantindo que o Mateus "nem sequer fazia parte de qualquer dos grupos que se envolveram na rixa".
O interrogatório ainda não começou porque o Ministério Público está a consultar o processo da PJ de Braga.
Vários estudantes que estavam à porta do Bar Académico, em Braga, reconheceram, ontem, Mateus Machado como o homicida de "Manu" (Manuel Gonçalves). A identificação do suspeito foi feita durante autos de reconhecimento promovidos pela Polícia Judiciária (PJ). As autoridades policiais estão a tentar ligar o homicídio aos dois crimes de fogo posto dentro do bar. Os episódios ocorreram após o assassinato de "Manu", em dois dias seguidos, e foram provocados por um líquido inflamável e por dois engenhos artesanais arremessados contra as instalações académicas.
Manuel Gonçalves, de 19 anos, aluno do 12.º ano da Escola Secundária de Dona Maria II, residia em Braga, tendo sido assassinado na sequência de uma rixa entre dois grupos de jovens, à porta do Bar Académico, na madrugada do passado sábado.