A identidade de José Pires, o empresário conhecido como “Pirinhos”, cujo corpo foi encontrado, há cerca de 15 dias, em avançado estado de decomposição na mala de um Fiat 500, em Braga, foi agora confirmada por testes de ADN.
Corpo do artigo
Quando o corpo foi encontrado, não foi possível realizar a identificação formal devido à decomposição do cadáver. Embora, logo na altura, tudo já apontava para tratar-se de "Pirinhos", só agora é que as autoridades podem afirmar, sem margem para dúvidas, tratar-se do empresário conotado com o tráfico de droga.
A investigação ainda está a tentar reconstituir os últimos dias em que o empresário do ramo automóvel foi visto. José Pires tem antecedentes criminais por tráfico e era referenciado por ser uma das principais figuras do submundo da droga no Norte do país. O homem rodeava-se de cuidados, ao que tudo indica, para evitar vigilâncias das autoridades. No dia do desaparecimento, deixou o telemóvel em casa , em Gondomar, e alugou, junto de uma rent-a-car do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, o Fiat 500. Já não era a primeira vez que “Pirinhos” alugava um veículo, supostamente com o objetivo de não ser visto no seu carro e assim tentar passar despercebido.
“Pirinhos”, de 52 anos, tem um passado ligado ao tráfico e à criminalidade violenta. O homem que foi testemunha no caso Noite Branca, por ter ligações ao gangue da Ribeira, foi vítima, em novembro de 2009, de um sequestro que começou à porta de uma casa de prostituição de Vigo, na Galiza, e terminou em Vidago, mais de dez horas depois. Foi espancado e abandonado numa cova junto ao carro, que foi incendiado. A PJ chegou a identificar quatro suspeitos, que acabaram absolvidos por falta de prova.