
Suspeito será responsável por quase duas dezenas de incêndios
Miguel Pereira da Silva / Lusa
O incendiário florestal de Ponte da Barca a quem a Polícia Judiciária de Braga imputa a autoria de, pelo menos, 17 fogos ateados durante um ano e meio ficou em prisão preventiva, segundo determinou esta sexta-feira o Tribunal Judicial de Ponte da Barca.
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A medida foi aplicada ao suspeito, de 42 anos, residente na freguesia de Lavradas, em Ponte da Barca, e que é operador numa empresa de limpezas florestais.
A Polícia Judiciária, em estreita colaboração com o Grupo de Trabalho para a Redução de Ignições em Espaço Rural - Litoral Norte (GNR, ICNF e PJ), deteve quinta-feira, fora de flagrante delito, o presumível autor de, pelo menos, 17 crimes de incêndio florestal, entre 15 de junho de 2024 e 10 de julho de 2025.
O arguido reside em Lavradas, Ponte da Barca, na mesma zona onde foram ateados os incêndios. Terá um vasto conhecimento do terreno, dominando os pontos de entrada e fuga do mesmo, conseguindo assim não ser detetado e não levantando suspeitas relativamente à sua atuação criminosa, até porque estava profissionalmente muito ligado à limpeza de áreas florestais, segundo a investigação.
Ao longo de 2024 e de 2025, de forma sistemática e em dias e horários alternados, terá sido responsável por diversas ignições que colocaram em perigo toda uma extensa mancha florestal, com diversas edificações próximas, as quais originaram vários incêndios. A investigação conseguiu identificar o suspeito, igualmente referenciado pelo consumo excessivo de álcool. Existem suspeitas que o homem seja ainda o autor de várias ignições, ocorridas em 2023, em zona florestal na localidade de Bemposta, da freguesia de Lavradas, no concelho de Ponte da Barca, ainda segundo a Polícia Judiciária de Braga.
