Incêndios florestais e violência doméstica no topo da criminalidade no Alto Minho
Os incêndios florestais e a violência doméstica estão no topo dos crimes registados pela GNR no Alto Minho, no último ano.
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Segundo dados divulgados pelo Coronel António Maciel da Silva, comandante do Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo, que esta terça-feira comemorou o seu 16º aniversário, desde setembro do ano passado, “o crime mais registado é o incêndio florestal, com 425 ocorrências, seguido do crime de dano, com 371, e violência doméstica com 358”.
Nas cerimónias de comemoração do Dia da Unidade, que desta vez decorreram em Vila Nova de Cerveira, aquele responsável adiantou ainda que, durante o mesmo período, “foram efetuadas 855 detenções”, das quais 33 ocorreram no âmbito de Violência Doméstica, o que representa “um aumento de 14%”.
“Importa também referir o papel fundamental da Guarda na vigilância, prevenção e fiscalização em matérias ambientais, destacando-se, na área da Defesa da Floresta, a identificação de 24 indivíduos pelo crime de incêndio por negligência”, destacou também o comandante do Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo, sublinhando, de resto, que, no que toca à criminalidade em geral na região, verificou-se “uma diminuição de 4%, que espelha um decréscimo em quase todas as tipologias criminais”.
Ainda na cerimónia, que foi presidida pelo segundo Comandante-Geral da GNR, Tenente-General Alves Silvério, no que se refere a resultados da atividade operacional no Alto Minho, destacou o registo de “463 conduções sob influência de álcool, 188 conduções sem habilitação legal, 57 crimes por tráfico de estupefacientes e 54 crimes de desobediência”. E realçou, também, como ponto positivo da ação da GNR, a operação “Bom Caminho”, direcionada para os caminhos de Santiago e que “tem vindo a receber enormes elogios da comunidade e, em especial, dos peregrinos”.
“Nesta operação, iniciada nos primeiros dias do mês de maio, prolongando-se até 31 de outubro, não poderíamos deixar de publicamente agradecer ao Comando da Guarda, o emprego dos binómios a Cavalo, através da Unidade de Segurança e Honras de Estado, num total de 74 patrulhas, meio excecionalmente vocacionado para esta operação, com excelentes resultados ao nível da visibilidade e do incremento do sentimento de segurança”, disse. No discurso frisou ainda o labor dos militares, no âmbito de programas que “se destinam às populações mais carenciadas ou vulneráveis, nomeadamente nas áreas da violência doméstica, do apoio a crianças e jovens em risco, do apoio e proteção a idosos, entre outros”.
“Nesta área, um especial destaque, neste ano, para as ações de sensibilização que aumentaram significativamente relativamente ao ano anterior, num total de 1202, especialmente direcionadas para aproximadamente 25 mil crianças e jovens. De destacar igualmente o elevado número de idosos, 1200, registados no âmbito da operação “Censos Sénior”, dos quais 760 vivem sozinhos, e destes, cerca de duas centenas (183) em situação de isolamento”, informou.
Finalmente, o Coronel António Maciel da Silva, referiu “a importância do aumento do número de efetivos, em especial na vertente operacional”, verificado no final de 2023 no Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo. O aumento permitiu que “no ultimo ano, fossem realizadas 37 190 patrulhas, mais cerca de 16% relativamente ao período homologo do ano transato, das quais se relevam 4709 patrulhas apeadas, verificando-se aqui um aumento de quase 30%, e 132 patrulhas cinotécnicas”.