
Foto: Pedro Sarmento Costa/Lusa
Um homem, de 25 anos, ateou, nesta quarta-feira, um fogo em Cinfães, para se vingar do vizinho com o qual tinha discutido. Foi detido pela Polícia Judiciária (PJ), que também apanhou o suspeito de ter causado o incêndio que, no final do mês passado, pôs em perigo várias fábricas, em Moreira da Maia.
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No primeiro dos casos, a PJ apurou que o suspeito, sem antecedentes criminais, discutiu com um vizinho na terça-feira e, "num quadro de vingança", ateou fogo a um monte de Cinfães, no dia seguinte.
"A ignição foi provocada com recurso a chama direta e atendendo ao índice de perigo máximo de incêndio florestal naquela área, teve uma rápida progressão, criando perigo numa área florestal significativa, bem como para vários edificados, essencialmente residências existentes na orla e interior da mancha florestal", sublinha a PJ.
Ainda segundo a Judiciária, o fogo "só não teve maior repercussão por ter sido detetado precocemente e combatido de forma célere pelos Bombeiros de Cinfães e populares".
Usou papéis para atear chama
O mesmo sucedeu na freguesia de Moreira, na Maia, onde um homem, de 48 anos, também foi detido por estar "fortemente indiciado pela autoria de, pelo menos, um crime de incêndio florestal, ocorrido no passado dia 30 de julho".
"A ignição foi provocada com recurso a chama direta e alguns papéis para potenciar o desenvolvimento e teve uma rápida progressão, considerando o índice de perigo elevado de incêndio florestal naquela área", descreve a PJ.
Este fogo no concelho da Maia pôs em "em perigo uma mancha florestal significativa, bem como várias instalações industriais existentes na orla e interior da referida mancha".
Os dois suspeitos ainda vão ser sujeitos a primeiro interrogatório judicial, no tribunal.

