Homem de Vila do Conde foi detido pela Polícia Judiciária do Porto após denúncia de uma das vítimas.
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No recato de um centro de equitação, um professor da modalidade terá mantido comportamentos de abuso sexual com pelo menos três alunas menores, em Vila do Conde. O homem, de 61 anos, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) do Porto e libertado pelo Tribunal que o proibiu de manter atividades envolvendo menores. A investigação vai continuar para apurar se houve mais vítimas.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, o homem, sem qualquer tipo de antecedentes criminais, era professor de equitação há muitos anos, quando em 2016 começou a ter atitudes impróprias com alunas menores, com idades entre os 9 e os 14 anos.
Eram conversas e toques de cariz sexual que seriam praticados sempre durante as aulas e quando as vítimas estavam a sós com o professor. Apesar de se sentirem incomodadas com os comportamentos do instrutor, as primeiras vítimas nunca denunciaram a situação por vergonha, mas também por acreditar que ninguém iria acreditar nas denúncias.
"O arguido aproveitava o contacto que tinha com jovens no exercício da sua atividade profissional, para ganhar a confiança com as vítimas, vindo a ter comportamentos de abuso sexual com as mesmas", explica a PJ.
Já este ano, uma das alunas que ficou chocada com os toques e conversas de cariz sexual queixou-se aos pais, que retiraram a criança do centro de hipismo. Quando a comunidade local ligada à equitação soube do caso desta aluna outras duas quebraram o silêncio e também o denunciaram.
O caso foi recentemente reportado à PJ do Porto que reuniu prova bastante para deter o suspeito.
"De imediato foram desenvolvidas diligências de investigação que permitiram recolher indícios seguros da prática dos referidos crimes e respetiva autoria, tendo sido identificadas várias vítimas com idades, à data dos factos, entre os 9 e os 15 anos", adianta ainda a PJ.
Além da proibição de exercer a sua atividade profissional, sempre que envolva menores do sexo feminino, o professor de equitação também não poderá contactar com as três vítimas já identificadas.