Jovem da Maia arrisca um ano de cadeia.
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O condutor de 23 anos que se queixou de ter sido agredido, na Maia, por um assaltante que lhe roubou o carro, na última quarta-feira, inventou toda a história para não ir trabalhar. Já foi constituído arguido pela GNR e vai responder por simulação de crime, arriscando pena de prisão até um ano.
Desmontar a versão do jovem sobre o carjacking, que desde o início levantou dúvidas, custou à GNR um trabalho intenso de investigação. A "vítima" contou que tinha sido obrigada a parar o carro quando seguia na Rua Engenheiro Frederico Ulrich, pois viu um homem - que descreveu detalhadamente - caído no chão. Tentou ajudá-lo e ele atacou-o, roubou-lhe as chaves do carro e fugiu com ele. Ainda lhe deu com uma pedra na cabeça e até tinha um vermelhão na testa para o provar. Dali foi para casa e depois para o hospital. O carro foi encontrado na Rua de Chancidro, não muito longe da casa do jovem, sem qualquer dano.
Testemunhas
Logo que os investigadores da GNR da Maia pegaram no caso viram contradições no relato da "vítima" e quando falaram com testemunhas, familiares e amigos do queixoso desmontaram rapidamente a mentira.
Houve quem visse o dono do carro a estacioná-lo na Rua de Chancidro e as chaves foram depois encontradas escondidas num muro perto. Família e amigos ajudaram a perceber as razões do embuste: problemas no trabalho, num restaurante do centro da Maia, e pouca vontade de ali voltar. Razões que o levaram a inventar este enredo. No fim, cedeu e contou a verdade. Foi constituído arguido por simulação de crime e o caso já seguiu para tribunal.v