Sara Silva, a irmã gémea de grávida desaparecida da Murtosa desde a noite de 3 de outubro de 2023, confirmou esta semana ao Ministério Público de Estarreja as declarações que já tinha prestado à Polícia Judiciária de Aveiro.
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À saída do Palácio da Justiça de Estarreja, Sara Silva afirmou que foi ouvida enquanto testemunha, mas que não quis prestar mais declarações aos jornalistas, referindo que estava vinculada ao segredo de justiça.
O JN apurou que Sara Silva confirmou na íntegra à procuradora da República aquilo que havia declarado ao inspetor da Polícia Judiciária de Aveiro titular da investigação criminal, o que aconteceu esta tarde, por imperativos do Código de Processo Penal.
Sara Silva viveu com Mónica Silva até pouco tempo antes do desaparecimento desta e tem sido considerada como a principal testemunha do processo, até porque também conhecia Fernando Valente, o suspeito do caso que foi detido e ficou em prisão domiciliária.
Mónica Silva, de 33 anos, estava grávida de sete meses quando desapareceu. Saiu de casa, na Rua de Santo Estevão, da freguesia e concelho da Murtosa, para ir tomar café, mas nunca mais foi vista.
O principal suspeito, Fernando Valente, de 39 anos, encontra-se em prisão domiciliária, num dos seus apartamentos, situado na freguesia de Pedroso, em Gaia, indiciado pelos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver e aborto agravado.
Fernando Valente, ainda antes da sua detenção, pela Polícia Judiciária de Aveiro, em 15 de novembro de 2023, negou desde sempre qualquer envolvimento na morte ou sequer desaparecimento de Mónica Silva, com quem mantinha um relacionamento.