O ex-presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares, Jaime Marta Soares, um funcionário do município e um empresário foram acusados pela prática de crimes de prevaricação de titular de cargo político, participação económica em negócio e falsificação de documentos.
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Segundo o DIAP Regional de Coimbra, os factos ocorrem em 2013, no final do mandato autárquico, altura em que os órgãos municipais já se encontravam em pleno período de gestão limitada, mas, mesmo assim, foram adjudicados contratos de fornecimento de equipamento de escritório.
O Ministério Público afirma que não houve qualquer procedimento para a adjudicação e que as datas dos contratos foram adulteradas para simular que tinham sido assinados antes do início das limitações de gestão.
Foi requerida a perda de vantagens no valor correspondente ao do contrato celebrado. A investigação, dirigida pelo Ministério Público do DIAP Regional de Coimbra, teve a colaboração da Polícia Judiciária de Coimbra.
Presidente desde o 25 de abril
Jaime Marta Soares esteve à frente dos destinos de Vila Nova de Poiares por quase 40 anos. Integrou a comissão administrativa logo a seguir ao 25 de abril e, em 1976, venceu as primeiras eleições autárquicas, conquistar que repetiria por mais nove vezes, completando dez mandato consecutivos.
Viria a abandonar o poder em 2013, impedido de se candidatar novamente por causa da lei da limitação dos mandatos autárquicos.