Operário fora condenado por maltratar rapariga com quem namorou em 2019. Agora, foi detido pela GNR por agredir a murro e pontapé nova companheira.
Corpo do artigo
Apesar de ter apenas 20 anos, um operário de uma fábrica de calçado de Felgueiras já enfrentou dois processos de violência doméstica envolvendo outras tantas mulheres. Em maio, foi condenado a pena de prisão (suspensa na execução) e, na semana passada, foi detido por agredir, insultar e ameaçar divulgar um vídeo íntimo da nova namorada. Desta vez, ficou em prisão preventiva, na ala psiquiátrica do Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo.
O jovem alega que não consegue controlar alguns momentos de agressividade e o seu recente comportamento deixa isso bem patente. Ainda com 18 anos, maltratou a rapariga com quem namorou até fevereiro do ano passado, o que, em maio, lhe valeu uma condenação por violência doméstica. Escapou, contudo, à prisão e em dezembro iniciou novo relacionamento.
Bastaram dois meses, e um simples "like" numa rede social da namorada, para voltar a maltratar uma mulher. Furioso com o que viu, atirou o telemóvel dela pela janela do carro. E agrediu-a com murros na cara quando, dias depois, ela exigiu dinheiro para comprar um novo.
Até ao início deste mês, sucederam-se agressões, insultos e ameaças de morte. Numa ocasião, a rapariga, que pretendia regressar a casa, foi arrastada do carro até ao interior da habitação onde o namorado vivia com os pais, trancada no quarto e agredida violentamente. Só escaparia depois de mandar uma mensagem de socorro a uma amiga e esta ter ido ao seu encontro. Tal como noutras situações, teve de receber assistência hospitalar.
A vítima tentou várias vezes terminar o relacionamento, mas ele ameaçava divulgar imagens íntimas que captara com o telemóvel. Mesmo assim, ela denunciou os ataques à GNR e, no final da semana passada, os militares do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas de Penafiel detiveram-no.
Motivos fúteis
A vítima foi esbofeteada porque, numa ocasião, aconselhou o namorado a comprar uma camisa que, mais tarde, concluiu ter sido má compra.
Esperas à porta
Não podia sair com as amigas. Ao regressar duma festa, foi surpreendida com a presença dele à porta de casa. Foi levada para local isolado e agredida a murro.