O juiz conselheiro jubilado Manuel Mota Botelho está acusado e vai ser julgado por 16 crimes de recurso a prostituição de menores, segundo apurou a SIC. Tudo terá acontecido nos Açores e as alegadas vítimas terão recebido 25 euros por cada ato sexual.
Corpo do artigo
De acordo com a investigação, os crimes terão ocorrido entre 2019 e 2023 em São Miguel, nos Açores, e duas das seis alegadas vítimas tinham apenas 15 anos de idade.
Pelas contas do Ministério Público, existe a convicção de que o juiz recorreu 16 vezes a atos sexuais. A juíza conselheira Leonor Furtado, que ficou com o processo, validou todos os indícios na decisão instrutória. “O arguido sabia a idade dos ofendidos. Praticou atos com gravidade com a intenção de satisfazer os seus apetites sexuais”, considerou a juíza, acrescentando que “existem indícios suficientes que se poderão vir a provar”.
Manuel Mota Botelho será julgado por todos os crimes no Supremo Tribunal de Justiça.
Segundo a SIC, o juiz, na altura procurador, já havia sido denunciado antes. A Polícia Judiciária investigou essa suspeita no processo conhecido como "Casa Pia dos Açores", cujo principal arguido, designado por "Farfalha", foi condenado a 14 anos de prisão por crimes de abuso sexual.
Este novo processo, em que o único arguido é Manuel Mota Botelho, foi aberto a partir de um escuta ao telemóvel do arguido "Farfalha".
À SIC, a defesa do juiz conselheiro jubilado sublinha que o arguido negou os crimes no interrogatório perante o procurador do Ministério Público.