O juiz que foi demitido pelo Conselho Superior da Magistratura é suspeito num processo de corrupção que envolve negócios imobiliários no Grande Porto. Além disso, o juiz Hélder Claro foi constituído arguido noutro inquérito, em que se investigam crimes de lavagem de dinheiro e auxílio à emigração ilegal.
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De acordo com informações recolhidas pelo JN, estas investigações, a cargo da Polícia Judiciária e do Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto, nada têm que ver com as funções de juiz. Prendem-se com amizades e negócios que o mesmo terá mantido em paralelo com a atividade de magistrado.
Ainda segundo apurou o JN, as suspeitas de corrupção envolvem o aliciamento de funcionários públicos para facilitarem negócios imobiliários a que o magistrado estava ligado. Foi por estas suspeitas, envolvendo escutas telefónicas, que acabaria por nascer as operações Babel e Vortex, que também se prendem com corrupção destinada a favorecer negócios imobiliários, em Gaia e Espinho.