Um juiz de instrução decidiu levar a julgamento os 18 arguidos, 14 pessoas e quatro empresas, por burlas que lesaram a agência Banco Santander de Beja em 1,4 milhões de euros. O esquema teve por protagonista um bancário, suspeito de se ter conluiado com clientes em processos de concessão de crédito.
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O antigo bancário Sérgio Páscoa, que lidava com empresas, vai responder em julgamento por crimes de burla qualificada e falsificação. Aos outros 17 são imputados crimes de burla informática e falsificação.
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Após a acusação pelo Ministério Público (MP), quatro pessoas singulares, entre elas o ex-bancário, e duas empresas requereram a instrução, para evitar o julgamento. Mas o juiz de instrução decidiu agora confirmar a acusação e mandar o processo para julgamento, no Tribunal de Beja.
Sérgio Páscoa terá aproveitado as suas funções para "interferir no tratamento informático de dados do banco, para conseguir a concessão de créditos e o pagamento de quantias, obtendo um enriquecimento ilícito e [causando] um prejuízo económico à instituição".
De 2014 a 2016, o arguido "criou e geriu processos de concessão de crédito em que eram assinadas livranças, realizados contratos de conta corrente e assinados cheques em branco, que causaram um prejuízo de 1 397 000 euros", diz o MP.
O caso foi revelado pelo JN em maio de 2016.