A juíza do Tribunal de Instrução Criminal do Porto decidiu, esta terça-feira, manter Fernando Madureira, o ex-líder dos Super Dragões conhecdido como "Macaco", e Hugo "Polaco" em prisão preventiva, no âmbito da Operação Pretoriano. Vítor "Catão" também fica em domiciliária.
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Passados três meses sobre as detenções dos arguidos, suspeitos de criarem um clima de intimidação em torno da assembleia-geral do F. C. Porto, o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) teve de reavaliar as medidas de coação aplicadas.
A magistrada Filipa Novais entendeu que se mantinham os pressupostos da aplicação da prisão preventiva. Pelo que, tanto Fernando Madureira, como Hugo "Polaco" irão manter-se sob detenção até haver uma decisão do Tribunal da Relação do Porto que irá decidir os recursos interpostos por estes dois arguidos. Vítor Silva, conhecido como "Catão" vai manter-se em prisão domiciliária com vigilância eletrónica, também por decisão da juíza.
Assembleia-geral envolta em "clima de intimidação e medo"
Em causa está um alegado ataque de cerca de 200 Super Dragões, armados com paralelos, garrafas e engenhos pirotécnicos, a elementos da PSP e adeptos benfiquistas, antes de um jogo de hóquei, nas imediações da Estação de Metro do Estádio do Dragão.
A 31de janeiro, a PSP deteve 12 pessoas, incluindo dois funcionários do F. C. Porto e o líder dos Super Dragões, no âmbito da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes da Assembleia Geral (AG) extraordinária do clube.
O Ministério Público sustenta que a claque portista pretendeu “criar um clima de intimidação e medo” na AG de 13 de novembro de 2023 para que fosse aprovada a revisão estatutária.