Tribunal do Porto emitiu ordem de captura em janeiro, mas tribunais de Viana e Penafiel não foram informados e aceitaram ausência em novos julgamentos.
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Os tribunais de Penafiel e de Viana do Castelo dispensaram a presença do ex-líder do gangue de Valbom Hélder Bianchi em dois julgamentos, iniciados em junho e em setembro deste ano, sem o conhecimento de que o arguido era alvo, desde 3 de janeiro, de um mandado de detenção para cumprimento de uma pena de prisão de dois anos e meio. Hélder Bianchi acabaria por ser detido apenas no dia 13 deste mês, duas horas após a sua absolvição em Viana do Castelo e depois da emissão de um segundo mandado de detenção em 12 de novembro.
Os mandados de janeiro e de novembro foram emitidos pelo Tribunal do Porto, mas os juízes encarregados de julgar as novas acusações do Ministério Público contra Bianchi assumem, ao JN, que aqueles lhes passaram ao lado. "Não foi dado conhecimento desses mandados ao processo", responde a juíza presidente do coletivo de Viana que julgou Bianchi, entre setembro e este mês, por sequestro e ofensas corporais. "Desconhece este tribunal a data em que terá sido emitido mandado de detenção para cumprimento da pena em questão", afirma, por seu turno, a juíza presidente do processo em julgamento em Penafiel, desde 17 de junho, pelo assalto a um ourives em que foi usada uma metralhadora Kalashnikov.