Crianças de cinco, seis, sete e oito anos iam ser institucionalizadas, mas Tribunal da Relação de Lisboa entende que medida decretada "seria da maior crueldade para todos".
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Foram institucionalizados a primeira vez porque estavam expostos à violência doméstica do pai sobre a mãe. E foram mandados para uma instituição a segunda vez, porque tinham sido deixados ao cuidado de terceiros, enquanto a mãe trabalhava, e foram encontrados sozinhos. Os quatro irmãos, de cinco, seis, sete e oito anos, iam ser encaminhados para adoção, por decisão de um juiz de primeira instância, mas o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) considerou que o regresso das crianças ao lar da mãe “é a única decisão adequada”.
A mãe já tinha ficado sem os filhos uma vez, porque o marido a agredia, e viu-se novamente afastada dos menores quando estes foram encontrados sem supervisão de um adulto: num dos casos, o pai tinha ido comprar tabaco e deixou-os sozinhos no McDonald’s; noutra, os menores estavam à porta da casa da avó na Ajuda, em Lisboa; e, numa terceira ocasião, a mãe autorizou os filhos mais velhos a irem à feira, perto de casa.