A quadrilha albanesa que roubou um carro e armas da GNR, tendo um dos três assaltantes fugido para Espanha na viatura policial com armamento, vai ser julgada, em Braga, a partir da próxima sexta-feira, com fortes medidas de segurança.
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Tal como o JN noticiou, dois dos três elementos do quadrilha foram detidos, em Vila Nova de Cerveira, na noite de 24 de fevereiro deste ano, numa operação da GNR de Braga e do Grupo de Intervenção de Operações Especiais da GNR, enquanto o terceiro roubou um dos carros policiais, com pistola-metralhadora e shot-gun, fugindo para a Galiza.
As armas e o carro foram recuperados, no dia seguinte, pela Guardia Civil, mas o fugitivo, alegadamente albanês, Desard Marku, continua em paradeiro desconhecido. Os outros dois suspeitos, Edi Gjonaj e Artur Zisko, ambos em prisão preventiva, vão ser julgados por associação criminosa, furto qualificado e falsificação de documentos.
As averiguações conjuntas da Guardia Civil e da GNR, através de uma Ordem Europeia de Investigação, em Espanha e Portugal, permitiram desmantelar a quadrilha, a quem o Ministério Público imputa o roubo de artigos num valor superior a meio milhão de euros, em Braga, Famalicão e Esposende, já entre finais de 2021 e princípios de 2022.
Comunicando por walkie-talkies, para não serem localizados pelas autoridades policiais, tinham um detetor de sinais de rede e outros aparelhos, entrando de madrugada em casas de luxo, quando os moradores estavam ausentes.
Os elementos do grupo deslocavam-se diariamente entre a Galiza e o Minho, tendo arrendado uma moradia em O Rosal, perto da fronteira com Valença, pela qual pagavam três mil euros de renda mensal. Os objetos furtados eram escondidos numa bouça em Candemil, Vila Nova de Cerveira, onde a GNR deteve, em flagrante delito, dois dos suspeitos.