Um homem, de 28 anos, que se encontra em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional (EP) de Beja, começou esta tarde a ser julgado, à porta fechada, no Tribunal de Beja, pela violação de uma mulher.
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O crime ocorreu na madrugada de 25 de abril de 2023. Segundo a acusação do Ministério Público (MP) de Beja, a que JN teve acesso, Saqab Javad, trabalhador agrícola paquistanês, residia em Beringel, uma vila localizada cerca de 13 quilómetros de Beja, e travou conhecimento com a vítima, de 43 anos, três dias antes do crime, através do Facebook. Na mesma noite, teve um contato pessoal com a mesma num bar da cidade.
Os dois voltaram a encontrar-se na noite de 24 para 25 de abril e assistiram ao lançamento de fogo de artifício em Beja, na Praça da República. Depois, voltaram a um bar, onde ingeriram bebidas. Cerca das 3 horas, a mulher decidiu ir para casa, e o arguido disponibilizou-se para a acompanhar até à porta da residência.
Segundo a acusação, depois de a vítima abrir a porta, o arguido agarrou-a violentamente pela nuca, atirou-a para o pavimento. Depois de lhe tapar a boca, rasgou-lhe as roupas e, apesar de a mulher se ter debatido e atingido o indivíduo com um porta-chaves no rosto, foi violada. Face à força aplicada pelo arguido, a vítima sofreu cervicalgia e cefaleia, escoriações no pescoço provocadas por unhadas e equimoses roxas na lateral do pescoço.
Para evitar o contato visual com o arguido, a procuradora do MP requereu que sejam ouvidas em julgamento as declarações para memória futura prestadas pela vítima, que se constituiu assistente no processo, feitas durante a investigação do mesmo.
Este é o segundo julgamento que se realiza hoje, à porta fechada, no Tribunal de Beja perante um Coletivo de Juízes, por violação de mulheres. Na parte da manhã, um individuo, de 28 anos, de nacionalidade portuguesa e com residência em França, começou a ser julgado pela prática de 11 crimes de violação na forma agravada, de uma rapariga menor de idade, que na altura dos factos tinha 15 anos.