O julgamento da operação Vórtex, em que dois ex-presidentes da Câmara de Espinho estão a ser julgados por corrupção, foi adiado, esta quinta-feira, por não haver transporte para um dos arguidos, que está em prisão preventiva.
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O coletivo de juízes foi esta manhã informado que os serviços prisionais da cadeia de Custoias, em Matosinhos, não tinham meios para levar o arguido Paulo Malafaia até ao tribunal de Espinho, onde decorre o julgamento.
No entanto, os serviços prisionais asseguraram meios digitais, nomeadamente videoconferência, para que o empresário do ramo imobiliário pudesse assistir à distância à sessão desta quinta-feira. Foi ouvido Paulo Malafaia, que declarou que não conseguia ouvir nem ver em condições razoáveis aquilo que se passava na sala de julgamento. O advogado do arguido, Pedro Alhinho, reforçou a falta de condições junto do coletivo de juízes, que decidiu adiar a sessão para amanhã, sexta-feira.
O processo Vórtex está relacionado com "projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos". A operação culminou em 10 de janeiro de 2023 com a detenção do então presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS), o chefe da Divisão de Urbanismo e Ambiente daquela autarquia, um arquiteto e dois empresários por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências.