O Ministério Público está a investigar a alegada morte de uma criança de 14 meses, em abril de 2023, numa quinta de um grupo espiritual, na freguesia de Seixo da Beira, Oliveira do Hospital. O menino, cujo cadáver terá sido cremado após uma cerimónia fúnebre na congregação, já tinha nascido no seio da seita.
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A informação foi avançada esta terça-feira pelo semanário "Expresso" e confirmada pelo JN.
A existência da seita, da qual farão parte entre 40 e 100 pessoas de várias nacionalidades, tinha, por sua vez, sido revelada na semana passada pela revista "Visão".
A denúncia da alegada morte foi feita de forma anónima ao Ministério Público.
O JN sabe que o inquérito ainda não foi distribuído à Polícia Judiciária, o órgão policial com competência para investigar a existência de eventuais crimes de exposição e abandono e de profanação de cadáver.
De acordo com o "Expresso", o nascimento da criança foi registado na página do Instagram do grupo espiritual, liderado por ex-chefe de cozinha e instalado numa propriedade de um futebolista dinamarquês, ao contrário da cerimónia de cremação.
Os menores não serão acompanhados por profissionais de saúde, o que, acrescenta o semanário, preocupa as autoridades
O Ministério Público, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) já têm, de resto e segundo a "Visão", inquéritos abertos sobre a seita, que não é recetiva a forasteiros e exige que Portugal reconheça a "autonomia" do autodenominado "Reino do Pineal".