Um especialista internacional em furtos durante conferências e seminários, deslocou-se a Portugal com o propósito de atacar na Web Summit, o evento que, nesta semana, reuniu milhares de especialistas em tecnologia, em Lisboa.
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E, durante a estadia na capital portuguesa, inscreveu-se noutras convenções e congressos para furtar, sobretudo, computadores, tablets e material fotográfico.
O ladrão, de nacionalidade brasileira e 31 anos, já foi detido no Brasil pelo mesmo motivo, mas isso não o afastou da vida criminosa, que é a sua única fonte de rendimento. Segundo a PSP, o suspeito “preparava de forma detalhada e meticulosa a sua ação, começando por estudar e selecionar as conferências” que mais lhe interessavam. Estas tanto podiam ocorrer no Brasil, como num país europeu, uma vez que o ladrão não tinha dificuldades em viajar com o único propósito de furtar.
Em seguida, “inscrevia-se nas mesmas [conferências] e, de forma discreta, aparecia no evento”, esperando pela hora “do coffee break” e que a sala ficasse vazia para, “sorrateiramente, subtrair o equipamento informático dos participantes”.
Depois, descreve ainda a PSP, “ausentava-se do espaço na posse do mais diversificado equipamento, desde computadores, tablets, telemóveis, auriculares e equipamento fotográficos”.
Detido antes de novo furto
Era com este método que pretendia atuar na Web Summit, embora a Polícia não tenha informações de que tenha chegado a concretizar qualquer furto. E foi com este esquema que, no último mês, atacou em diversas conferências, que tiveram lugar em Lisboa.
O ladrão, explica a PSP, “foi abordado nas imediações de um hotel, onde decorria uma conferência”, na tarde desta quinta-feira. Estava na “posse de um conjunto de sacos bloqueadores de sinal, o que indiciava que se estaria a preparar para cometer um novo furto”.
Foi, então, detido e, na sequência das “diligências investigatórias, apreendeu-se diverso equipamento fotográfico, avaliado no valor aproximado de 17 mil euros e que se suspeita ser proveniente da prática de furto”.