Libertados tripulantes de narcolanchas apreendidas pela Polícia Marítima no Tejo
O Ministério Público ordenou a libertação dos oito tripulantes detidos pela Polícia Marítima, no Rio Tejo, em duas embarcações de alta velocidade, que transportavam 22 toneladas de combustível no interior.
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Os arguidos, sete espanhóis e um colombiano, com idades entre os 18 e 52 anos, tinham sido detidos numa perseguição na foz do Tejo, que se iniciou por não obedecerem à ordem de paragem. As narcolanchas, cada uma com quatro motores com potência superior a 300 cavalos, foram apreendidas e agora podem vir a ser utilizadas pelas autoridades no combate ao narcotráfico.
A operação decorreu na madrugada de quinta-feira, perto das quatro da manhã. As duas lanchas foram intercetadas, perto da Ponte Vasco da Gama, pela Polícia Marítima, que estava há dois dias alerta para a circulação destas embarcações. Até já tinha o apoio logístico de uma lancha dos fuzileiros. Um dia antes, outra embarcação, apetrechada de jerricãs, conseguiu escapar.
A investigação acredita que estas embarcações iriam servir outras lanchas de narcotráfico que circulam em alto mar e necessitam de gasóleo.
Os oito tripulantes foram constituídos arguidos e o MP decidiu libertá-los. A Polícia Marítima requereu a utilização dos motores das narcolanchas para o combate ao narcotráfico.
O advogado de quatro dos detidos, que seguiam numa das lanchas, considera a libertação justificada. Pedro Pestana considera que "a decisão foi esperada visto que ao não ter sido apreendido produto estupefaciente, não se pode presumir que as embarcações seriam verdadeiras narcolanchas, utilizadas para esse propósito".
