Coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte terá escondido dispositivo numa lâmpada no teto do gabinete jurídico.
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Orlando Gonçalves, o coordenador da Comissão Executiva do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN), afeto à CGTP, foi acusado pelo Ministério Público (MP) de ter escondido um gravador no gabinete jurídico das instalações do sindicato, no Porto, para ouvir as conversas de uma dirigente da mesma estrutura, responsável pelos departamentos jurídico e de recursos humanos. Em causa está o crime de gravação ilícita e a espiada constituiu-se assistente no caso.
De acordo com a acusação, deduzida na passada segunda-feira, o crime foi cometido no final da madrugada de 28 de novembro de 2019. Orlando Gonçalves, que se mantém atualmente em funções, quis, de acordo com o MP, “saber, ao pormenor, tudo quanto se passava no interior do referido gabinete jurídico”, mas também “tudo quanto ali era falado pela assistente Eva Cameira, tudo quanto ali era dito ao longo das várias reuniões de trabalho que ali decorriam habitualmente entre a assistente e os demais elementos do departamento jurídico”.