João Loureiro já foi ouvido pela polícia brasileira mas ainda está à espera de saber quando é que terá lugar no voo de regresso para Portugal. E esse é único motivo que o faz sair do hotel onde permanece.
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Os últimos dias no Brasil têm sido um autêntico sufoco para João Loureiro. De acordo com informações recolhidas pelo JN, o advogado portuense e antigo presidente do Boavista teme pela vida nesta permanência, agora forçada, naquele país. Por esse motivo, só tem saído do hotel quando é obrigado, por exemplo para ir ao aeroporto saber da sua posição na lista de espera do voo de regresso.
Numa primeira fase, aquando da descoberta de mais de meia tonelada de cocaína no jato que o levaria de volta a Portugal, João Loureiro optou por permanecer em S. Paulo. Segundo o próprio, foi ele quem tomou a iniciativa de prestar declarações às autoridades brasileiras.
Foi ouvido como testemunha e disseram-lhe que poderia regressar a Portugal e aqui ser ouvido, mas fez questão de ficar e ser ouvido pelas autoridades brasileiras.
João Loureiro foi ouvido no passado dia 19 e, de lá para cá, a investigação não sofreu qualquer evolução, situação que acaba por deixar o advogado numa posição de risco. É suspeito apenas pela circunstância de ter viajado no avião e nunca teve o passaporte retido pelas autoridades brasileiras.
Recorde-se que João Loureiro era um dos passageiros que deveria viajar para Portugal a bordo do avião onde viriam a ser encontrados 580 quilos de cocaína. Loureiro já tinha viajado de Portugal para o Brasil a bordo da mesma aeronove e também deveria vir nela no regresso.
O ex-presidente do Boavista e um empresário hispano-argelino ainda viajaram de São Paulo para Salvador da Baía, mas o avião terá tido um problema técnico. O comandante pediu uma revisão técnica e seria nessa altura, dois depois, que a droga foi descoberta.
Nessa mesma manhã, Loureiro regressaria para São Paulo onde ainda se encontra.
O avião, um Falcon, tinha o aeródromo de Tires como destino, onde a empresa proprietária tem um hangar privado. Ali chegado, a manutenção ao aparelho seria feita pela empresa Aeromec, que presta serviços também em Cabo Verde e no Brasil.