A investigação ao ex-primeiro-ministro e atual presidente eleito do Conselho Europeu, António Costa, vai continuar além do mandato de Lucília Gago, que vive esta sexta-feira o seu último dia como procuradora-geral da República. O sucessor na liderança do Ministério Público, Amadeu Guerra, toma posse sábado, em Lisboa.
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Num mandato de seis anos iniciado a 12 de outubro de 2018 e pautado sobretudo pelo silêncio, a magistrada acabou por ser obrigada, a poucos meses de cessar funções, a justificar o porquê de, em novembro de 2023, ter sido tornado público pela Procuradoria-Geral da República que o então chefe de Governo estava a ser investigado pelo Ministério Público junto do Supremo Tribunal de Justiça, por suspeitas de prevaricação em projetos considerados estruturais para o país.
O parágrafo - incluído no comunicado sobre a Operação Influencer, a correr no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) - originou a demissão de António Costa que culminou mais tarde na queda do Governo socialista. Em março de 2024, Luís Montenegro (PSD) foi eleito primeiro-ministro.