Maddie procurada numa casa em ruínas e num poço

As autoridades alemãs estão convencidas de que Christian Brückner foi o autor do rapto e do assassínio da criança inglesa na noite de 3 de maio de 2007 e, na expectativa de que o cadáver possa ter sido por ali enterrado, solicitaram a Portugal que analisasse minuciosamente uma vasta área entre a cidade de Lagos e a praia da Luz, onde o principal suspeito habitou na altura do desaparecimento. Brückner está a cumprir uma pena de sete anos na Alemanha, por violação, no Algarve, de uma norte-americana de 72 anos e poderá ser libertado em breve.

Os trabalhos arrancaram ao início da manhã de ontem e deverão prolongar-se até sexta-feira. Estão a ser usados georradares, para detetar e mapear objetos subterrâneos, assim como sondas. Funcionários da Câmara de Lagos foram vistos a usar roçadoras para limpar os terrenos, sobretudo agrícolas, que têm sido alvo de maior atenção por parte da PJ e da BKA.

No local, estiveram também elementos da Proteção Civil, elementos dos Bombeiros de Lagos com autotanques e mergulhadores e agentes da Polícia Marítima. Todas as provas apreendidas pela PJ serão, com autorização prévia do Ministério Público, entregues à Polícia alemã.

Esta área já tinha sido batida pelas autoridades nos primeiros meses após o desaparecimento de Madeleine McCann, mas não com o mesmo grau de exaustividade, uma vez que Brückner ainda não era sequer considerado suspeito pelo desaparecimento da criança inglesa, algo que só aconteceu em 2020 quando a Polícia alemã declarou Christian como principal suspeito do sequestro e assassínio, ainda que até então não tenha sido deduzida qualquer acusação.

Madeleine McCann, na altura com três anos, desapareceu a 3 de maio de 2007 do apartamento onde dormia com os irmãos gémeos, de dois anos, na praia da Luz, enquanto os pais jantavam com amigos a poucos metros de distância, na estância balnear.