A mãe de um recluso da prisão de Custóias foi apanhada, esta quarta-feira, a passar droga no interior do estabelecimento prisional durante uma visita que fazia ao filho, de 32 anos e preso prevetivamente por furtos e roubos. A mulher levava o estupefaciente na vagina.
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Segundo apurou o JN, a cadeia recebeu esta quarta-feira um telefonema anónino a avisar que familiares daquele recluso se preparavam para entregar droga ao preso. A partir daí, mãe e irmão ficaram sob vigilância atenta dos guardas. Foi já no parlatório, quando estavam a ser vigiados pelas câmaras de vigilância, que a mãe foi apanhar a retirar bolotas da vagina e a passar ao filho, que as introduziu no ânus.
Os guardas intervierem, detendo a mulher e entregando-a à Polícia Judiciária, entretanto acionada. Já o recluso foi levado, algemado, por ter resistido à detenção, para uma sala isolada, onde foi alvo de revista, desnudado. Através do método de agachamento, o recluso evacuou uma "bolota" de haxixe
Segundo apurou ainda o JN, os guardas informaram o diretor do estabelecimento prisional sobre o sucedido e alertaram que o recluso poderia ter escondido mais produto estupefaciente, pelo que sugeriram que este fosse transportado ao hospital. No entanto, o diretor não terá dado autorização para o efeito, com a justificação de que não tinha um mandado judicial para o fazer. Ordenou então que o preso voltasse à cela, que partilha com outros reclusos.
Esta decisão do diretor do Estabelecimento Prisional do Porto terá deixado os guardas indignados, segundo disse, ao JN, o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Frederico Morais. "O diretor não deveria ter permitido que o recluso voltasse à cela normal. Ou deveria ter ordenado que fosse ao hospital ou que ficasse em isolamento durante alguns dias. O recluso, ao voltar à cela, no imediato, pode traficar a droga que possa ter escondido", afirmou o dirigente sindical.
Após a PJ se ter deslocado à cadeia, fez uma busca no carro que foi usado transportar a mulher e encontrou mais produto estupefaciente, o que levou à detenção de um irmão do recluso, foi possível ainda apurar.
O JN pediu explicações, ao início da noite desta quarta-feira, à Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais.